Depois de dominar suas primeiras manobras nas ruas do Catete e do Aterro, Kim KS entendeu que o skate ia muito além da diversão — ele exigia compromisso, esforço e, acima de tudo, resiliência.
Começava ali uma nova fase da vida: trabalhar para manter o skate vivo. Entre bicos, freelas e horas apertadas, ele buscava formas de manter a qualidade do seu setup, trocando peças, investindo nos rolamentos certos e cuidando de cada detalhe como quem afina um instrumento. Porque o skate era isso: uma extensão da alma.
Mas a caminhada não foi feita só de esforço. Houve também muito riso, zoeira e amizade. Foram anos de rolés com a crew pelas ruas do Rio de Janeiro — das pistas conhecidas aos becos escondidos. Cada sessão era uma história. Cada tombo, uma gargalhada. Cada conquista, uma celebração.
E então, chegaram os 18 anos — um marco simbólico, mas cheio de peso. A maioridade trouxe novos horizontes, responsabilidades, e também oportunidades. Kim teve a chance de conhecer alguns nomes do skate brasileiro, referência nas pistas e na vida. Ouvir histórias, aprender truques, entender que todo ídolo também teve um começo — como ele.
Foi nessa fase que realizou um sonho antigo: aprender as manobras de nollie e switch stance — técnicas avançadas que exigem controle, estilo e dedicação. Foram semanas de tentativa, quedas, frustrações... até que o corpo e o shape começaram a conversar de verdade.
“Aprender nollie e switch foi como mudar a forma de enxergar o chão. A visão ampliou. Me senti completo.”
Com isso, Kim KS passou a ver o skate não só como esporte ou estilo, mas como um ciclo de fases. Da infância à fase adulta, o skate sempre esteve lá. Adaptando-se às rotinas, aos sonhos, às dores e aos recomeços.