KIM KS • Skate Jornal

O Primeiro Skate de Kim KS: Memórias Sobre Rodas

Entre livros usados e asfalto quente, um sonho começou a deslizar pelas ruas.

Em meio ao turbilhão de uma separação familiar, Kim KS precisou amadurecer rápido. Ainda jovem, deixou para trás a zona norte do Rio para seguir a vida ao lado do pai, no coração pulsante do centro da cidade. Lá, entre arranha-céus, buzinas e concreto, começou a trilhar um caminho que o levaria a se tornar um ícone da cultura de rua.

Seu primeiro emprego foi simples, mas significativo: trabalhar com o pai na pequena livraria de livros usados, um sebo escondido entre galerias antigas e becos da cidade. Com o dinheiro do primeiro salário em mãos, recebeu do pai um presente que mudaria sua vida para sempre: seu primeiro skate, comprado na tradicional loja Quebra Vento, ponto de encontro de surfistas e skatistas do centro do Rio.

A emoção era enorme, mas a realidade bateu logo: o skate não aguentava o tranco das primeiras manobras. Rodas frágeis, rolamentos simples, shape pesado. Mas o que parecia uma frustração se transformou em aprendizado. Kim começou a trocar peças com os amigos do bairro, jovens como ele, apaixonados pelo som das rodinhas no asfalto e pelas possibilidades infinitas do improviso.

Foi nas ruas que Kim entendeu que o skate é uma extensão de quem o monta. Cada parafuso, cada rolamento, cada borracha importava. Não era só andar — era sentir, ajustar, descobrir sua identidade através da prancha.

“O skateboarding é a maneira de você expressar o sentimento através dos pés.”

Seu segundo skate veio como um símbolo de progresso. Já com mais experiência e consciência, comprou um modelo completo no shopping de Niterói, ao lado de uma sala de jogos que frequentava nos fins de semana. O shape era verde vibrante, e nele estava escrita a frase que nunca mais esqueceu.

Por Redação It Ks Girl • Publicado em 2025

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