O início de tudo.
Entre as ruas da Zona Norte do Rio de Janeiro e as lembranças de uma infância simples, nasceu uma paixão que atravessaria décadas. Kim KS — nome adotado por Julio Cesar, skatista com alma de rua — teve seu primeiro encontro com o skate de forma inesperada, quase cinematográfica.
Foi em uma feira de objetos usados no bairro de São Cristóvão que tudo começou. Ele tinha por volta de oito anos quando viu, entre tantas quinquilharias, um pequeno skate. Bastou um olhar. Era diferente de tudo que ele já tinha visto.
Sentiu ali algo que nem sabia explicar — e quando tentou comprar, não conseguiu. O skate havia sido vendido. Mas aquela cena, aquele instante, foi suficiente para despertar algo profundo.
Anos depois, já no interior do estado, conheceu dois irmãos que mudariam sua história. Eles moravam em uma fazenda e apresentaram a Kim um verdadeiro skate de manobras. Era robusto, real, pronto pra rua.
A amizade com os irmãos cresceu, e com ela, o amor pelo skate. Era o ano de 1999. Desde então, Kim nunca mais parou.
Mais do que um skatista, Kim KS é símbolo de resistência, autenticidade e cultura urbana. Cada queda virou lição, cada pista, um palco. E o garoto que um dia perdeu um skate em São Cristóvão, encontrou nele o sentido da liberdade.